O exercício físico e a Diabetes

A prática regular de exercício físico faz parte de qualquer estilo de vida saudável. Várias investigações têm mostrado os seus efeitos positivos na nossa saúde física e mental. Entre numerosos benefícios, podemos destacar a redução do risco de doenças cardíacas, a diminuição dos níveis de tensão arterial e colesterol, o controlo do peso e a melhoria da nossa imagem corporal e consequente autoestima.
No caso das doenças crónicas, os efeitos positivos do exercício físico podem assumir uma importância ainda maior. Há, no entanto, alguns cuidados a seguir, devido às limitações impostas pela própria situação clínica em causa:
Exercício melhora a qualidade de vida dos Diabéticos

Diabetes

Quando falamos de diabetes, temos de invariavelmente falar da diabetes tipo I, em que há um défice de produção de insulina (a hormona que promove a remoção do excesso de açúcar/glicose no sangue) e da diabetes tipo II, em que há uma menor sensibilidade à ação da insulina e que, habitualmente, está associada à obesidade ou excesso de peso.
Na hora de fazer exercício, os desportos coletivos e aeróbicos, como a corrida, o ciclismo e a natação são os desportos mais indicados, principalmente no caso da diabetes tipo II, de acordo com Marcos Miranda, médico especialista em Medicina Desportiva e secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva (SPMD). «São atividades que permitem um consumo energético mais prolongado e intenso», explica o especialista.
Marcos Miranda ressalva, no entanto, que, no caso da diabetes, «todos os desportos estão aconselhados, desde que se sigam alguns cuidados importantes».  «Na diabetes tipo I, por exemplo, deverá ser adaptada a dose de insulina para evitar a queda exagerada dos níveis de açúcar no sangue», alerta.
A American Diabetes Association recomenda, além dos exercícios aeróbicos, «que ajudam o corpo a utilizar melhor a insulina», o treino de força, também conhecido por treino de resistência, «que melhora a sensibilidade à insulina e pode diminuir os níveis de glicemia, além de tornar os ossos e músculos mais fortes, reduzindo o risco de osteoporose».
O uso de pesos livres e/ou aparelhos de musculação, bem como as faixas de resistência são boas opções. Em alternativa, ou paralelamente, poderá praticar os exercícios que trabalham os músculos através do próprio peso corporal, como flexões, abdominais, agachamentos ou pranchas.